3 de fevereiro de 2014

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Autumn uma pequena cidade situada ao norte do Canada nunca foi o tipo de cidade que merecia atenção. Conhecida por ter um dos mais belos campos de flores que sobrevivem ao inverno rigoroso que se estabelece todo ano. Durante o ano todo é tranquila, mas em épocas de eleições a cidade parece ganhar vida. Faltando alguns meses para o natal alguns lojistas já estavam se preparando para o evento que rende muito lucro. As folhas das arvores já começam a querer amarelar e a neve que não é muito comum nesta época da o ar de sua graça. Neste ano ocorreriam as eleições, duas grandes concorrentes estão batalhando assim por dizer para ter o controle da cidade que embora pequena consegue capitar uma boa renda todo ano. Por outro lado algumas pessoas ainda pensando em quem iriam votar neste ano começaram a fazer suas deliciosas guloseimas natalinas. Novamente as ruas se enchiam de aromas adocicados e de uma rivalidade desconhecida.

- Esta de sacanagem comigo né Mãe. Não vou usar essa coisa. - Resmungou e assim que sua mãe se distraiu tirou o casaco e pegou a mochila e saiu porta a fora. Maxwell era um garoto normal até então, mas sua mãe insistia em fazer-o de cobaia para suas loucuras de final de ano, neste ano por outro lado ela estava ajudando Rose Evengod que concorria para prefeita da pequena cidade. O casaco o qual o garoto jogou no sofá era chamativo demais, escrito em fonte rosa e grande; votem em Rose para Prefeita. Este ano por outro lado, Max teve sorte pois sua mãe estava ocupada demais para dar bola para o adolescente que só tinha ficado em uma matéria na escola e até o momento. Sua mãe de tão desligada nem estava "ligando" para o que acontecia em Fresno, a única instituição de ensino médio da pequena cidade de Autumn.

Durante o tempo que caminhou até chegar na metade do caminho deparou com Alicia, uma ruiva com sardinhas, e Leo, um garoto que tem tudo para ser popular e o chamado gostoso da escola, mas prefere ficar em casa do que ir em atividades extra curriculares. Alicia por um lado era o ser mais legal do mundo, mas quando três letras vem a frente de seu nome parecia ser uma bêbada desvairada com os fios de cobre da cabeça todos embaraçados. Olhou torto para Max que logo deu um breve sorriso, mas não adiantou muito, Leo deu um aviso com o olhar para ele, mas que de nada iria adiantar pois o trio se conhece desde pequenos e a pior coisa que poderia acontecer no dia era um deles ser jogado por uma das janelas de Fresno.

- Como assim Maxwell? Esta de sacanagem comigo né garoto. M-A-X! - A ruiva com intermináveis sardas começava o seu discurso no meio da aula de literatura. Teve um pouco de sorte pois o professor que estava ali parou e fez um discurso patético sobre o que eles queriam ali. Enquanto o discurso corri, Leo apenas fingia ler o livro que por sinal estava de cabeça para baixo. Max continuava desenhando com cabeça baixa nas ultimas folhas do caderno de matemática pois tinha esquecido em casa o caderno de literatura em cima do sofá enquanto corria de sua mãe. Alicia cerrou os dentes e assim que as ultimas palavras do professor foram ditas algo mais ou menos assim: "aqueles que não estão em recuperação ou não estão afim de ficar saiam." Ela fechou o caderno pesado sorriu e simplesmente se levantou. Após sair porta a fora começou a gritar no meio do corredor; -eu amo ele, e ele ama outro. O-U-T-R-O! -Ela tinha um pequeno problema, adorava soletras palavras. Eis então as três letrinha que estavam antes do nome de Alicia. T-P-M.

- Ela pirou de vez. - Murmurou Leo depois que a aula acabou. Os dois ao mesmo tempo olharam para os lados antes de sair da sala. Tiveram sorte desta vez pois ela resolveu ir embora. - Devemos ir atrás?- Max riu enquanto perguntava, e no final acabou que os dois foram para o próximo período.

Maxwell mais tarde naquele dia recebeu uma mensagem de sua mãe. Nela dizia o quão decepcionada ela estava por ele ter deixado o casaco horrível em casa. Tijolo, assim chamado por Max, foi jogado no sofá da casa de Leo. Os pais de Leopoldy eram os mais engraçado possíveis só que as piadas deles envolviam garotas e como tinham orgulho do filho pegador que tinham, coitados mal eles sabiam que ele era virgem e pretendia virar padre quando completasse vinte e um anos. Por incrível que pareça para dois adolescentes de dezessete anos cada estavam fazendo uma aposta boba de quando Alicia iria começar a atirar pedras na janelas do segundo andar. - Talvez ela nem apareça. Acho que o fora que ela levou do professor deve ter afetado você sabe o que dela. - Disse Leo inocentemente. Max continuou sentindo as vibrações de debaixo da almofada na qual eu celular estava socado. - Vou fugir de casa, Leo, não aguento essa mulher.- Ele ficou sério levou a mão até seus cabelos brancos e começou lentamente aos mexer. Leopoldy escreveu em uma plaquinha que iria junto com ele. Normalmente os pais de Leo estavam escutando por trás das portas e parecia que não existia privacidade na casa onde os dois estavam.

- Cinco. Quatro... - Alguém resmungava alto do outro lado da porta. Max correu até a porta e abriu-a, do outro lado estava Alicia, Leo sorriu sabendo que iria ganhar um sanduíche no Mcdonald's mais tarde. Depois que ruiva entrou Max percebeu uma sombra subindo a escadaria e logo fechou a porta. Revirou os olhos e suspirou como quem diz que esta afim de fazer alguma coisa com um doida de tpm.

- Tira essa coisa babona da minha frente. Referindo-se ao cachorro de Leo que estava dormindo no meio do tapete do quarto que mais parecia uma sala. Ela detestava cachorros e para variar também detestava qualquer coisa que se referia aos dois ali dentro. - Cade os pornos lésbicos que te dei de presente de natal do ano passado, Leo? - Ela riu maldosamente enquanto o garoto arregalava os olhos e se engasgava com a própria saliva. Enquanto isso ela estava revirando o armário do garoto atrás de alguma coisa. Max se escondeu no banheiro. - Aii! Isso, Leo. Gemeu a garota depois de bater com a porta do armário dele. Então ouvi-se um barulho da porta ela simplesmente corre até a porta do quarto e dá de cara com os pais de Leo. Da mesma maneira que ela abre ela também fecha, na cara deles.

- MAXWELL APRESENTE-SE.- Dito isso e ele aparece com cara de quem ia pular pela janela do banheiro. Ela sorri, ele se jogo do lado de Leo o olha com cara de quem não deveria ter deixado o demônio entrar no quarto. Onde está o sal e água benta uma hora dessas? - É o seguinte. - Começou ela com um sorriso adorável para cima dos dois. Entã estralou os dedos e eles sentiram a morte perto. - Vão dar uma festa no Saint Autumn. Revirou os olhos. - No cemitério. Duas coisas impossíveis em uma frase só. Uma festa em um hospital e no cemitério de indigentes dele. Max olhou torto para Leo que estava pensando porque diabos teria filmes pornos lésbicos, mas então percebeu que ela só estava brincando. Meio lerdo ele. - Festa? Suspirou ele desanimado. Ela novamente revirou os olhos e foi até a janela e abriu-a. O cachorro latiu. Ela olhou para o cão e depois para a janela e deu um sorriso tenebroso.

- FESTA! - Saltou Max do sofá para frente do cachorro. Agora era um pouco tarde, ela já tinha dado um ou dois para na direção do cachorro. Alicia estava mesmo de tpm das brabas pelo visto. Max balançou a cabeça levando o cachorro até a porta e o tirando do quarto enquanto podia salvar uma vida, mas por incrível que pareça os pais de Leo não estavam lá para os acudir. Ele virou-se para Alicia que sorriu balançando a cabeça. - Vá tomar um.. - Antes que ele pudesse terminar o a frase ela o interrompeu. - J. vai estar lá. Seu namoradinho ridículo que parece um modelo.

- Oukey. Agora chega. - Disse Max olhando com cara de desaprovação para Alicia, ela por outro lado estava o olhando como se estivesse querendo o fazer ir, mesmo que seja arrastado. Durante o tempo que se seguiu em um silêncio chato. Alicia começou a andar de um lado a outro. Ela gemeu, resmungou e quando percebeu estava pulando a janela do segundo andar com uma camiseta de rock de Leo e arrastando Max junto com ela. - Qual o problema de vocês? Existe porta sabia? - Reprovou a conduta dos dois, Max olhou e resmungou. - Qualquer coisa estamos dormindo aqui para estudar para provas. - Max pensou melhor e refez a o que tinha dito. - Qualquer coisa estamos estudando. Tranque a porta. - Deu um sorrisinho, piscou e desceu a escada de cordas que Leopoldy tinha desde criança.

- Droga!- Rangeu os dentes enquanto batia o pé na roda do pinel, Max a olhou. - Que foi agora? - Percebeu que ela tinha esquecido a chave dentro do carro e deu um sorriso aliviado por não precisar ir em uma festa em um cemitério. Estralou os dedos dando uma voltinha muito gay e começou a dar uns passos de volta a escada de cordas, mas ela o pegou pelo cabelo e o puxou. Ela a puxa por alguns centímetros para longe do quintal de Leopoldy. - Vamos a uma festa.

Embora contrariado e levemente surrado durante o caminho foram os dois, ela lentamente desfiando a camiseta de Leo e Max olhando para frente. Após alguns minutos andando chegaram até a parada de ônibus, embora Autumn fosse pequena ainda dava pra cansar indo de um lugar a outro caminhando.