3 de fevereiro de 2014

O caminho em suas variáveis acabou por ficar quieto e levemente constrangedor. A ruiva comia sozinha a caixa de pizza de chocolate com morangos enquanto fazia caras e bocas imaginando algumas coisas com Alex, o garoto sem camisa. Max olhou para a garota balançou a cabeça e virou o olhar para Jon que pegou em sua mão de surpresa. O garoto puxa-o e a outra continua andando, ao menos nem percebeu que eles estavam parados. Max ficou um pouco meio que sem saber oque fazer, foi quando Jon levou os lábios até os do garoto e os selou. 
- HENRY! - Gritou Alicia toda lambuzada. Foi enquanto que Alicia percebeu que ele estava olhando, ou melhor, prestando atenção no que acontecia alguns metros atrás dela. Ela cuspiu a pizza. - Henry. - Cerrou os dentes. Ela pula em sua frente, mandou beijo, fez estripe para o garoto e ele nem deu sinal. 
- Alicia. - O garoto arqueou uma sobrancelha com uma expressão séria no rosto. A garota ficou ligeiramente transtornada, algo ia ferrar com a noite dos seres que estavam andando tranquilamente pela rua. Foi então que Jon virou o olhar para o outro. Sentiu a garganta fechar e deu um sorriso cumprimentando o futuro cunhado. Henry balançou a cabeça, ajeitou o cabelo, olhou para o irmão. 
- Eu, sinceramente. - Ele fez uma pausa, o coração de Max, o garoto ainda estava virando para o irmão que era uns três anos mais velho que ele, mas com a cabeça mais feita do que um pinguim de geladeira. - Então. Não vai me apresentar. - Ele continuou, mas quase desabou. Passou a mão lentamente em seus fios descoloridos e se virou lentamente como se houvesse uma arma apontada para sua cabeça. E de certo modo tinha. As sobrancelhas grossas de Henry arquearam-se demonstrando um leve sorriso, coisa nem um pouco comum. 
- Jon, meu irmão, meu irmão, Henry. - Max balançou a cabeça. - Esse é meu irmão, Jon, e Henry, esse é Jon. - Deu um sorriso pressionando os lábios um contro o outro. Segurou a respiração enquanto via Alicia ainda limpando chocolate dos lábios. Foi então que ela salvo algumas vidas.
- Pizza, Henryzenho? - Ela piscou e ele olhou para caixa vazia. Ele sorriu. - Cê você pagar, aceito. - E mais uma vez o dia, digo, noite foi salva pela meninas super poderosas. Bom poderia dizer que as coisas foram realmente assim, mas na verdade... Aconteceu isso: 
- MAXWELL. - O berro de Henry deu eco e voltou ao ouvido do garoto. Max olhou sem muito o que dizer, pois saberia que a coisa seria ruim, muito ruim. Para começar estava descumprindo uma das regras de Leonora, a mãe dos garotos. Uma das regras era não estar na rua em plena meia noite, a outra, era não beijar rapazes no meio da rua. Alicia olhou para o amigo, Max ficou mais pálido que o normal, encarou Henry que apontava para o garoto entrar no carro. 
- Henry. - A ruiva tentou, só tentou. Jon estava desarmado, a garota olhou para os meninos ali e respirou fundo, rezou para que seu plano convencesse o cara de sobrancelhas grossas que conseguiu ampliar a voz horrivelmente.
Ela se jogou no chão. 
- Alicia, por favor. - Disse Max, lentamente soltando a mão de Jon, que não estava muito afim de deixar-o ir. - Acho que esta na hora de ter aquela conversa. - Ele continuou. 
- Acha? - Ele arqueia uma sobrancelha e da um risinho sínico. - Boa noite. - Complementou. Max entrou no carro um pouco desorientado, pensando no que teria de fazer para se livrar dessa. Henry entra logo depois, liga o carro e não diz uma só palavra, logo os dois estão longe. 

- Ele vai ficar bem. - Riu Alicia percebendo que a pizza já era. 
- É, deve ficar. Eu não deveria ter feito isso. - Murmurou Jon. 
- Você o ama. Dãr. Bora, quero outra pizza. - Ela riu e o pegou pela mão. 
- É eu amo ele. - Ele ri e sente arrastado rua abaixo. 

Henry no final das contas não encontrou a mãe em casa, Max deu um longo suspiro de alivio. As sobrancelhas grossas do irmão o assustaram e quando percebeu estava sendo berrado. Enquanto fingia ouvir o que acontecia seus pensamentos simplesmente viraram para o que tinha acontecido minutos antes. Alicia. Jon. O beijo. O aparecer daquelas coisas (Alex e Amélia) do nada. Após um longo tempo ali ouvindo deu por fim depois de meia hora o sofrimento com um simples: não quero te ver beijando garotos. Não que Max iria mesmo seguir a regra que acabou de ser imposta pelo irmão, mas de qualquer modo era bom sentir aquele gosto de: amanhã ainda haverá um amanhã.